Um idoso, que não teve idade revelada, foi resgatado pelo Corpo de Bombeiros dentro de um bueiro no bairro São Cosme, em Santa Luzia, na região metropolitana de Belo Horizonte, na noite desse domingo (10). Ele é suspeito de estuprar uma menina de três anos e foi jogado lá após ser espancado por pessoas que perceberam a importunação sexual.
Segundo a Polícia Militar, a corporação foi acionada para averiguar uma tentativa de estupro contra a criança. Ao chegarem na rua Urupema, um pedestre alertou sobre um possível corpo dentro do bueiro na mesma rua da ocorrência. O boletim de ocorrência aponta que os militares localizaram o idoso dentro da galeria com sangramento na cabeça e nos ombros e que ele não respondia às perguntas feitas pelos policiais, mesmo que aparentemente acordado. Ele estava desorientado.
Nesse momento, o pai da criança violentada apareceu e disse aos policiais que tirou o veículo da garagem e deixou a criança no interior do carro enquanto buscava a cadeirinha dentro de casa. A mãe da criança estava na calçada, mas em lugar que não conseguiu ver a chegada do idoso. Pelos relatos colhidos por militares, o idoso chegou de forma sorrateira perto da janela em que a criança estava, acariciou o peito e o corpo da criança, além de chegar com o rosto perto da menina com o intuito de beijá-la. Neste momento, uma mulher que estava em um bar próximo ao local gritou dizendo que a filha era dela, para espantar o suposto estuprador. Antes de fugir, o idoso ainda agrediu a mulher que percebeu a cena.
O pai da criança, então, ouviu os gritos, correu atrás do suspeito e o deteve. Enquanto esperava a chegada dos militares, o pai da criança foi amparar a esposa, que passou mal. Foi nesse momento que, segundo ele, ouviu alguns gritos que poderiam indicar o linchamento e a tentativa de ocultar o idoso.
Aos policiais, o pai da criança disse que achou que o idoso tivesse fugido porque não o encontrou mais, apenas na hora em que os próprios militares tentaram contato com o suspeito dentro do bueiro.
Após ser retirado do local pelos bombeiros, o suspeito foi encaminhado para o Hospital Risoleta Neves. A equipe de enfermagem relatou aos policiais diversos hematomas, lesões grave na cabeça e sangramento no ânus, boca e nariz. No hospital, o idoso disse que se chamava Paulo, mas depois afirmou que seu nome era Maurício. Por não apresentar documento de identificação, ele é tratado como desconhecido no local, onde uma escolta policial o vigia.
O boletim de ocorrência e a Sala de Imprensa da Polícia Militar não têm informações sobre possíveis exames realizados na criança.