Uma postagem de uma analista de 25 anos foi compartilhada, nas últimas horas, por milhares de mulheres nas redes sociais. Na publicação, ela relata um episódio de violência que afirma ter sofrido por parte do namorado, com quem contou ter vivido um relacionamento abusivo. O advogado da vítima relatou que ela está bastante abalada e foi solicitada medida protetiva.
“Não sei por onde começar, como começar, o que falar e nem o que pensar. Nunca fui de me expor em rede social, porém, agora não dá mais para ficar calada”, começou a jovem na publicação. Conforme relatou, ela viveu um relacionamento abusivo nos últimos meses e sempre tinha medo do que fazer, falar ou com quem podia conversar.
A analista contou na postagem que era xingada e insultada diversas vezes e chegou a ser traída pelo ex-companheiro. “Por que eu vivi tudo isso? Infelizmente sempre fui “acreditada no amor” e vivia sendo manipulada, com desculpas e com chantagens emocionais. Só que agora não tem como ficar calada, eu nunca passei por uma situação de ser agredida por um homem ou nunca presenciei com alguém próximo”, explicou.
Conforme desabafou na publicação, no domingo (19), em São Vicente, no litoral paulista, ela estava com o então namorado e amigos dele. A jovem e o rapaz discutiram dentro do carro, e, segundo relata, devido ao nervosismo, acabou subindo com o automóvel na calçada, o que causou danos ao veículo.
Nesse momento, o namorado desceu do carro com a chave e ela conta que empurrou o carro sozinha para tirá-lo do local. “Assim que ele voltou, supliquei para ele não me abandonar lá, porque eu estava nervosa e não queria mais continuar brigando, agarrei ele para que não me deixasse sozinha. Ele pediu para eu soltar, na mesma hora prendeu a minha respiração falando que iria me desmaiar porque eu estava irritando ele”, relatou.
Na postagem, a analista ainda relata que mordeu o dedo do rapaz, para se defender e conseguir se soltar dele. Nesse momento, afirma que foi espancada e recebeu ajuda de uma viatura da Polícia Militar, que passava pelo local. “Uma policial militar ajudou a me acalmar e me orientou sobre o boletim de ocorrência. Fui parar no Pronto Socorro para fazer raio-X do meu rosto”, publicou.
Após ser liberada pela equipe médica, a jovem afirma que foi até a delegacia, onde relata que um policial falou ao seu pai e irmão, que ela não queria registrar boletim de ocorrência porque no outro dia voltaria com o rapaz. Chegaram a perguntar se ela, que apresentava graves ferimentos, queria registrar o boletim.
G1