Aquicultor é raptado e torturado por engano na Grande Natal

Na quinta-feira (30), após a conclusão do serviço em Canguaretama, o aquicultor se deslocou até Parnamirim, onde aguardava uma carona – via plataforma – para retornar a Aracati, no Ceará, sua cidade natal, quando foi abordado por quatro homens em um carro.

“Estava com fone de ouvido esperando a carona. Só vi quando um carro voltou de ré, desembarcou uma pessoa com arma em punho, e dizendo ‘é você mesmo que a gente estava procurando’. Me conduziram para dentro do veículo, colocaram um saco na minha cabeça e começou a sessão de tortura, eles querendo que eu dissesse que eu era uma pessoa que eu não sou, uma pessoa envolvida nesse mundo de criminalidade”, disse.

A vítima apresentou marcas de lesões na cabeça, na face e nos braços, mas não sofreu nenhuma fratura, conforme constatou após o atendimento na UPA. Ele disse que passou a noite e a madrugada sentado em uma cadeira, com uma corda no pescoço e com as mãos e os pés atados. “Muita pancada. Eu não via com o que me batiam. Doía muito. Achei que ia morrer”.

O aquicultor foi libertado no início da tarde desta sexta-feira, quando um homem chegou ao cativeiro e disse “não é esse aí, não. O documento dele é do Ceará. Tira ele daqui”. A vítima foi colocada em um carro e, após cerca de 20 minutos, foi solta em uma estrada na comunidade Pé do Galo, na zona rural de Macaíba.

A Polícia Civil do Rio Grande do Norte está investigando o caso. O delegado Cidorgeton Pinheiro ressaltou que o aquicultor não tem nenhum antecedente criminal. “Vamos investigar este caso como sequestro e tortura, e possivelmente, tentativa de homicídio também”, concluiu.

G1/RN

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