Morreu neste sábado (26), no Hospital Copa D’Or, Marcio André Nepomuceno Garcia, o MC Marcinho. A informação foi confirmada pela unidade de saúde, às 9h38.
em Bangu, na Zona Oeste da capital, e nunca mais saiu. “Aqui encontrei a minha felicidade”, dizia.
Ao lado de um dos muitos parceiros da carreira, Bob Rum, cantou em “Zona Oeste” a identificação com o bairro: “Eu sou Marcinho de Bangu / Sou Bob Rum de Santa Cruz…”.
‘Glamurosa’: inspirada em Xuxa e sucesso nacional
O sucesso no início dos anos 1990 foi impulsionado por programas de TV como o da Xuxa e de Regina Casé.
Em entrevista ao jornalista Pedro Bial, em 2022, chegou a se emocionar a falar da gratidão às duas apresentadoras, e explicou por que “Glamurosa” é inspirada na “Rainha dos Baixinhos” – a letra cita: “Glamurosa, rainha do funk / Poderosa, olhar de diamante”.
“O ‘rainha do funk” tem a ver com a Xuxa, né? Porque ela é nossa rainha. Era considerada a rainha dos baixinhos, mas ela é a rainha do funk. Ela foi uma das primeiras a bater no funk que era funkeira, que não tinha preconceito e levava todos os MCs, os artistas do funk em seu programa”, lembrou. “Eu chego a ficar emocionado porque sou muito grato (…) Eu passei a ser um cara conhecido no Brasil todo e até mesmo fora do Brasil justamente por causa do programa da Xuxa e por causa do programa da Regina Casé.”
Na letra de “Glamurosa”, ele também deixava claro que gostava de ser referência quando o assunto era romantismo, em meio a um gênero muitas vezes estereotipado por funks de apologia à violência e com excesso de sexualidade: “Se quiser falar de amor, fale com o Marcinho”.
“O amor, ele é pra sempre, né? Você vê nas canções de Roberto Carlos, Djavan, que as músicas desses caras são eternas, e quando você fala de amor vai perpetuando, vai passando de geração em geração. E a ‘Glamurosa’ é assim”, disse em entrevista ao jornalista Pedro Bial.
Marcinho atribuía seu sucesso ao fato de fazer um “funk do bem”.
“Gosto de cantar o funk do bem. O segredo é cantar letras com conteúdo e que toquem o coração das pessoas, além de ter a batida envolvente. Nos meus shows ninguém fica parado e ao mesmo tempo ninguém canta pornografia”, disse em entrevista ao Ego, em 2011.