A categoria reivindica manutenção da profissão de cobrador nos veículos e o pagamento de benefícios.
Os motoristas dos ônibus urbanos de Natal entraram em greve por tempo indeterminado a partir desta segunda-feira (22), segundo representantes do Sindicato dos Trabalhadores e Transportadores Rodoviários do Rio Grande do Norte (Sintro).
Segundo o Sintro, apenas 30% da frota – que já estava reduzida por causa da pandemia de Covid-19 – está circulando na capital potiguar. De acordo com Robério Pinto, diretor do sindicato, os profissionais deixaram de receber vale-alimentação e tiveram o plano de saúde cortados pelas empresas rodoviárias.
“O próprio usuário precisa entender que ele está pagando isso. O plano de saúde e o vale alimentação estão na tarifa e eles não querem pagar. Nesse momento de pandemia as coisas estão mais difíceis e não temos condições de ficar sem plano de saúde”, ressaltou Robério Pinto.
Em nota, o Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros do Município do Natal (Seturn) repudiou a paralisação organizada pelo Sintro e pediu para que os motoristas circulem com o percentual estabelecido pela Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (STTU) para o período de pandemia de 43%.
Veja declaração da STTU:
“A Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (STTU) determinou ao Sindicado das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros do Município do Natal (SETURN) que viabilize a circulação de 43% da frota de ônibus da capital, ou seja, 254 veículos durante a greve dos trabalhadores do sistema prevista para a próxima segunda-feira (22/06).
A medida visa evitar a superlotação dos veículos da frota durante este período de pandemia da COVID-19, tendo em vista que já foi verificado que 30% da frota circulando – como determina a Lei de Greve – é insuficiente para atender as necessidades da população. A medida visa evitar aglomeração, não tornando o transporte público um vetor de disseminação do vírus e permitindo um deslocamento mais seguro no que se refere às medidas de distanciamento social tanto para os passageiros como para os operadores do sistema.