O Rio Grande do Norte confirma um caso de mucormicose, infecção fúngica conhecida como “fungo preto”. Em nota divulgada nesta segunda-feira (7), a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) informou que está monitorando um paciente infectado.
De acordo com a Sesap, a paciente, uma mulher de 42 anos, tem histórico de covid-19 e apresenta sintomas da mucormicose. A biópsia confirmou a ocorrência do fungo e ela encontra-se em tratamento com antifúngicos.
Ainda segundo a Sesap, a equipe de vigilância está acompanhando o quadro, avaliando os exames, o histórico de movimentações do paciente e sua situação clínica atual.
Sobre a doença
Desde o início de março, médicos da Índia registram aumento de casos de mucormicose em pacientes que tinham o coronavírus ou anterior se curado da doença-19 recentemente naquele país. Segundo, isso acontece porque o sistema imunológico do paciente foi enfraquecido pelo vírus. O fungo negro se manifesta geralmente em pessoa que têm comorbidades ou utilizam medicamentos que diminuem a capacidade do organismo de combater doenças.
A doença é causada por fungos da ordem Mucorales, sendo que os casos mais frequentes são do gênero Rhizopus. O fungo invade tecidos e vasos, causando necrose, o que deixa a pele escura, daí o apelido da doença. Se o cérebro é atingido, uma infecção pode ser fatal. Os principais sintomas são sinusite forte, pálpebra caída e obstrução nasal com secreção escura. A mucormicose tem tratamento e não é contagiosa, não passando de uma pessoa para outra.