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Adolescente é morto em casa por PMs em Chorozinho; família relata invasão e policiais falam em arma

Um adolescente de 13 anos morreu dentro de casa ao ser atingido por disparos de arma de fogo em uma intervenção polical registrada na madrugada desta quarta-feira (1º), em Chorozinho, na Região Metropolitana de Fortaleza. Familiares da vítima dizem que PMs invadiram a casa, mandaram que todos saíssem e atiraram contra o rapaz que dormia no quarto. A polícia relata que o adolescente estava armado e foi baleado por não obedecer a ordem para soltar o revólver.

Além de causar tensão e revolta na cidade, a morte do jovem motivou protesto de moradores, que chegaram a queimar pneus e troncos de madeira no Km 70 da BR-116, bloqueando totalmente o tráfego por cerca de uma hora. A pista já foi liberada, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF). No Centro do município, comerciantes fecharam as portas e as ruas ficaram vazias e quase sem movimentação. 

A Secretaria da Segurança Pública informou, por meio de nota, que Mizael Fernandes da Silva, sem antecedentes criminais, foi morto a tiros por intervenção da polícia e que inquérito foi instaurado na Delegacia Municipal de Eusébio, unidade plantonista, e transferido pra Chorozinho, que apura as circunstâncias do homicídio. 

Casa foi invadida por PMs na madrugada, diz família

Um dos familiares que presenciou a abordagem da polícia, relatou que houve violência na ação durante a invasão, que ocorreu no início da madrugada. No relato, a testemunha diz que a vítima estava dormindo no quarto quando foi assassinada.

“Por volta de 1h45 para 2h eles chegaram arrombando o portão da nossa casa dizendo que era a polícia e minhã mãe abriu e permitiu a entrada deles. Saímos e avisamos a eles que meu primo estava dormindo no quarto, quando escutamos os tiros. Mandaram a gente ir pro outro lado da calçada. Eles disseram que meu primo estava armado, mas isso não é verdade. Levaram meu primo, jogaram no carro e saíram como se ele fosse um bandido grande”. 

De acordo com uma prima de Mizael, o menino era calmo e vivia de ir na casa do pai e para uma escola municipal localizada no Distrito de Patos. Para ela, a morte do jovem interrompeu sonhos e tem que ter uma resposta das autoridades.

“Ele era só um criança calma, tranquila, vivia de casa para a escola e da escola para casa. Ele foi morto por pessoas que deveriam protegê-lo. O sonho dele acabou. Agora só queremos justiça”, finalizou. 

O Sistema Verdes Mares solicitou resposta à SSPDS sobre a denúncia da família e aguarda retorno.

Diario do Nordeste

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