Banco Mundial aprova empréstimo para Bolsa Família para beneficiar 3 milhões de brasileiros

O Banco Mundial aprovou novo empréstimo, de US$ 1 bilhão, para o Brasil na última quinta-feira (29). O projeto tem o objetivo de ampliar a cobertura para aqueles que perderam o emprego e a renda em meio à pandemia de covid-19.

O Projeto de Apoio à Renda para os pobres afetados pela covid-19 deve beneficiar cerca de 2 milhões e 900 mil brasileiros por pelo menos 14 meses. Desse total, 990 mil são crianças e jovens. E 7 mil são indígenas. 

Escolas

Antes da pandemia, cerca de 13 milhões de famílias estavam cadastradas no Bolsa Família. A diretora do Banco Mundial para o Brasil, Paloma Anós Casero, fala sobre a importância do programa neste momento de crise e na fase de recuperação econômica. 

“A incerteza sobre a trajetória da pandemia da Covid-19 e a perspectiva de pobreza tornam cruciais a expansão do programa Bolsa Família e a proteção dos pobres nesses tempos difíceis. A transferência condicional de renda também será crítica durante a fase de recuperação, pois incentiva as famílias a procurar os serviços de saúde e a garantir que seus filhos retornem às aulas quando as escolas forem reabertas.” Por causa da covid-19, a economia do Brasil deve contrair 5,4% em 2020, segundo o Banco Mundial.

Risco

Este dado é ainda mais preocupante considerando-se que o país vinha se recuperando lentamente da crise econômica ocorrida entre 2014 e 2016. Muitas famílias não haviam superado completamente essa crise. Antes da pandemia, 52% dos brasileiros já estavam vivendo na pobreza ou correndo o risco de cair nela. 

Além de impactar o mercado de trabalho, a covid-19 vem afetando a formação de capital humano, que tem a ver com o acesso à educação, saúde e nutrição, e influencia a produtividade na vida adulta. 

Com o novo projeto, o Banco Mundial espera reduzir o impacto da pandemia na renda das famílias e na formação das futuras gerações de trabalhadores.

A iniciativa faz parte de um esforço coordenado entre diversos organismos internacionais para fortalecer a resposta brasileira ao novo coronavírus.

* Mariana Ceratti, do Banco Mundial Brasil/ONU

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