Foto: reproduçao/internet

Família morre por covid-19 em Natal

A professora Francisca Katiane do Nascimento, de 37 anos, foi a terceira vítima da Covid-19 em uma família devastada pela doença. Ela vivia no bairro de Pajuçara, Zona Norte de Natal, com o pai, Francisco Canindé Nunes do Nascimento, e a mãe, Maria Francisca Nunes do Nascimento. Os três morreram com o novo coronavírus em um intervalo de duas semanas.

Katiane faleceu na noite de domingo (5) após 10 dias internada em um hospital particular de Natal. Ela apresentou os sintomas da doença no dia 25 de junho e deu entrada na unidade após sentir dores no corpo e dificuldades para respirar. A professora, que não tinha nenhuma comorbidade, foi internada dois dias depois da morte do pai e faleceu sem saber da morte da mãe.

Fernando Xavier, afilhado de Maria Francisca, que era conhecida como Nina, acompanhou toda a luta da família contra a Covid-19. “Katiane foi internada sabendo da morte do pai e toda essa situação de tristeza e choro agravou o caso dela, por isso o médico preferiu não informá-la sobre a morte da mãe”, conta.

Francisco Canindé Nunes, ou simplesmente Canindé do Rosário, tinha 60 anos e trabalhava como motorista. Ele era conhecido por ser uma pessoa religiosa, responsável por organizar romarias pelos santuários do Rio Grande do Norte. Canindé foi a óbito no dia 23 de junho, apenas dois dias depois de apresentar sintomas da Covid-19.

Nina tinha 59 anos e assim como a filha Katiane, também era professora. Ela morreu no dia 26 de junho, cinco dias depois de ter sido internada em um hospital de Natal. Lembrada como uma pessoa generosa, sensível e de grande coração, Nina deixa saudades na família Nascimento.

“Eram pessoas muito especiais, madrinha Nina era uma professora séria, mas quem a conhecia sabia do coração de manteiga derretida que ela tinha. Seu Canindé também era uma pessoa que todo mundo gostava. E Katiane, a gente avistava de longe só pelo sorriso e também pela voz marcante, já que ela cantava na igreja. É muito triste e muito assustador também porque ainda existem pessoas que não levam a sério a doença”, diz Fernando Xavier.

G1/RN

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