A governadora Fátima Bezerra e a Secretaria de Estado de Saúde Pública do Rio Grande do Norte lançou hoje o Plano Estadual de operacionalização da Vacinação contra Covid-19 em coletiva de imprensa, realizado às 11h30 na Governadoria. Com a visão de garantir a proteção da população potiguar no combate ao novo coronavírus.
De acordo com o Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19, o Brasil já garantiu 300 milhões de doses de vacinas covid-19 por meio dos acordos como o da Fiocruz/AstraZeneca (100,4 milhões de doses, até julho/2020 + 30 milhões de doses/mês no segundo semestre); Covax Facility (42,5 milhões de doses); Pfizer -70 milhões de doses (em negociação).
No Rio Grande do Norte, a previsão de imunização está dividida em três fases e o objetivo principal da vacinação é contribuir para a redução de morbidade e mortalidade pela covid-19, por isso a necessidade de se estabelecer grupos prioritários.
Na primeira fase serão trabalhadores de Saúde: 79.638 (Doses aplicadas do ano de 2019, atualizadas como nova meta quem alcançou acima de 100%, as outras metas permaneceram as mesmas), Indígenas: 2.447 (Disponibilizada pelo DESAI em fev. de 2020) e pessoas com 75 anos ou mais: 133.621 (IBGE – Estimativa 2021). A segunda fase contemplará pessoas de 60 a 74 anos: 328.236 (IBGE – Estimativa 2021) e a terceira fase pessoas com comorbidades: 186.439 (Comorbidades 2 a 59 anos de idade 2019. A meta de vacinação nas três fases é imunizar 730.381 pessoas.
Apesar da meta para vacinação não ter sido definida ainda pelo PNI, acredita-se que com base em campanhas anteriormente definidas esta seja de pelo menos 95% de cada um dos grupos prioritários.
Cabe destacar que para incorporação da nova vacina no Calendário Nacional de Vacinação é necessária a aprovação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) através de processo de submissão regular ou emergencial, bem como a recomendação de incorporação desta tecnologia pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos (SCTIE) do Ministério da Saúde.
É importante ressaltar que o Brasil possui hoje o maior programa de vacinação do mundo, sendo reconhecido nacional e internacionalmente, e atende atualmente 212 milhões de pessoas. Criado em 18 de setembro de 1973, o PNI é um patrimônio do estado brasileiro, mantido pelo comprometimento e dedicação de profissionais de saúde, gestores e de toda população.
Vacinas em estudos clínicos no Brasil
Até o momento, o Estado do Rio Grande do Norte sinalizou interesse na aquisição dos imunobiológicos que estão em produção pelo Instituto Butantan com a farmacêutica chinesa Sinovac, a CoronaVac.
Das vacinas candidatas em estudos clínicos, treze estão em ensaios clínicos fase 3 para avaliação de eficácia e segurança, a última etapa antes da aprovação pelas agências reguladoras e posterior imunização da população.
Na esfera estadual, a vacinação está sob responsabilidade da Coordenação Estadual do Programa de Imunizações, da Subcoordenadoria de Vigilância Epidemiológica (SUVIGE) da Coordenadoria de Promoção à Saúde (CPS) da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap).
As informações atuais indicam para o esquema vacinal composto por duas doses, sendo necessárias adequações de gerenciamento dos imunobiológicos para a garantia das duas doses do mesmo fabricante, considerando a possibilidade de serem disponibilizados imunobiológicos de fabricantes diferentes visando atender a demanda nacional.
Rede de Frio no Rio Grande do Norte
O Programa Estadual de Imunizações atua com suas ações de vacinação nas oito Regiões de Saúde do Estado, contando com uma Central Estadual de Rede de Frio localizada no município de Natal, e com suas Gerências de Imunização distribuídas pelas seis Regionais de Saúde, constituindo assim seis Centrais Regionais de Rede de Frio, vinculadas às Unidades Regionais de Saúde Pública (URSAP), localizadas nos municípios de João Câmara, São José do Mipibu, Mossoró, Pau dos Ferros, Santa Cruz e Caicó.
Recursos vêm sendo destinados a Estados e Municípios pelo governo federal, de modo a propiciar a reestruturação da cadeia de frio nacional. Além disso, o Governo Estadual tem realizado adequações estruturais e demais aquisições de equipamentos e insumos, considerando que com o recebimento de imunobiológicos destinados à vacinação contra a Covid-19 será necessário o aumento da capacidade de armazenamento.
Distribuição
A logística de distribuição dos imunobiológicos no estado do Rio Grande do Norte seguirá o esquema já realizado para as vacinas da rotina do calendário nacional de imunização, de modo que compete à Central Estadual de Rede de Frio distribuir os imunobiológicos às Centrais Regionais. Os municípios da região metropolitana (7ª Região de Saúde) devem fazer a retirada direta nesta central. Para os demais municípios a retirada dos quantitativos de suas vacinas nas Centrais Regionais de Rede de Frio deverá ser de acordo com o desenho do Plano Diretor de Regionalização.