Guedes confirma prorrogação dos acordos de redução e suspensão de contrato

O ministro da Economia, Paulo Guedes, confirmou a prorrogação por mais dois meses dos acordos de suspensão do contrato de trabalho e redução salarial que foram liberados na pandemia do novo coronavírus pela Medida Provisória (MP) 936. Segundo ele, os acordos serão estendidos para “continuarem preservando empregos”, enquanto a economia brasileira se recupera da crise da covid-19.

“Quase 16 milhões de trabalhadores já tiveram seus empregos preservados graças ao programa do Benefício Emergencial. Eu diria que foi o programa mais efetivo em termos de gastos. Preservar 16 milhões de empregos gastando R$ 22 bilhões… O programa está tendo tanto sucesso, tanto êxito que vamos estender por mais dois meses”, confirmou Guedes, nesta sexta-feira (21/08), durante os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

Segundo o Caged, o Brasil perdeu cerca de 1,566 milhão de vagas de trabalho formal entre março e junho deste ano devido à crise instalada pela pandemia do novo coronavírus. Porém, já começou a dar sinais de recuperação em julho, com a criação de 131 mil vagas formais. Segundo Guedes, o dado de julho confirma o processo de retomada da economia brasileira.

O ministro ainda disse que o estrago no mercado de trabalho poderia ser bem maior se o governo não tivesse editado a MP 936. “Enquanto isso, os Estados Unidos perderam 30 milhões de empregos”, frisou. Foi por isso que a equipe econômica decidiu prorrogar a MP 936. “Vamos estender por mais dois meses para continuar preservando empregos, enquanto a economia faz essa volta em V e continua gerando empregos”, concluiu Guedes.

Secretário especial de Trabalho e Previdência do Ministério da Economia, Bruno Bianco acrescentou que a medida vem para dar um suporte aos setores econômicos que ainda estão se recuperando e retomando as atividades após a queda sentida diante do novo coronavírus. “Teremos a possibilidade de os setores que ainda precisam se valham de mais dois meses, seja de redução de jornada, seja de suspensão da jornada de trabalho. Aqueles que não precisam não o farão. Mas o programa continuará disponível, provavelmente por mais dois meses”, afirmou Bianco.

O secretário lembrou que esses acordos preveem o pagamento de uma parcela do seguro-desemprego aos trabalhadores que tiveram o salário reduzido, por meio do Benefício Emergencial. E ele garantiu que será possível prorrogar os pagamentos sem ampliar o orçamento inicial do programa. Afinal, o governo havia destinado R$ 51,5 bilhões para esse programa e, como disse o ministro Paulo Guedes nesta sexta-feira, os pagamentos somam cerca de R$ 22 bilhões até agora. “Isso demonstra a responsabilidade do governo com as normas fiscais, o orçamento público e o teto de gastos”, destacou Bianco.

Correio Brazieliense

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