A proposta de progressão de carreira para policiais e bombeiros militares, apresentada pelo Governo do Rio Grande do Norte, não foi acatada pelas entidades, em reunião nessa quinta-feira (23). Os militares se reuniram com os Comandantes Gerais das corporações, com o secretário de Administração, Pedro Lopes, e o secretário-adjunto do Gabinete Civil, Ivanilson Maia. Um novo encontro está confirmado para a próxima terça-feira (28), às 14h, na Secretaria do Estado de Segurança Pública (Sesed).
Os militares se concentraram no Centro Administrativo, para cobrar respostas do Governo sobre a atualização da Lei de Promoção de Praças (Lei Complementar nº 515/2014), no sentido de incluir os novos soldados no plano de ascensões de carreira, previsto no texto legal.
Durante a reunião, foi apresentada pelo Governo a proposta que garantia a promoção ex officio dos novos soldados (que ingressaram na corporação militar de 2018 a 2023), até a graduação de 2° Sargento, o que não foi aceito pelas entidades representativas. Isso porque a Lei de Promoção de Praças, hoje, garante aos soldados mais antigos a promoção até a graduação de subtenente. “Por isso, se tornou prioridade para as entidades representativas, a defesa a isonomia de tratamento também a esses militares que ingressaram nos últimos anos”, defende a presidente da Associação de Subtenentes e Sargentos (ASSPMBMRN), subtenente Márcia Carvalho.
Ainda de acordo com a proposta sugerida pelo Governo e rejeitada pelos militares, os interstícios para as promoções ex officio se dariam da seguinte forma: “10 anos na carreira para Soldado ir à graduação de Cabo; 20 anos na carreira para o Cabo ir à graduação de 3º sargento; 30 anos na carreira para o 3º sargento ir à graduação de 2º sargento”.
Na próxima terça, às 14h, uma nova reunião está confirmada entre Governo e entidades representativas dos militares estaduais. “Até lá, a gente pretende fazer um estudo, novamente, dessa nova proposta, junto com os comandantes, para que os militares dessa nova geração possam ter uma melhor perspectiva para as suas carreiras. Estamos falando de 2 mil novos soldados que entraram na corporação depois da sanção da LPP”, adianta a presidente da ASSPMBMRN.
Tribuna do norte