O primeiro caso suspeito de mormo em humano do Rio Grande do Norte deve receber o diagnóstico definitivo nesta semana. A perspectiva é da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), que aguarda o laudo do Laboratório Central do Ceará. A suspeita ocorre em meio a um surto da doença no Estado. Em aproximadamente 60 dias, 30 casos foram registrados pela Diretoria de Defesa e Inspeção Sanitária Animal (Disa) do Instituto de Defesa e Inspeção Agropecuária do RN (Idiarn). O médico veterinário e diretor do Disa, Renato Dias, diz que o crescimento pode estar relacionado à maior testagem e alerta para os cuidados preventivos.
orientação é para que os criadores tenham total controle dos seus rebanhos, principalmente quando forem participar de eventos com aglomeração de animais, como, por exemplo, vaquejadas, bolões, cavalgadas. Que esses criadores não façam compartilhamento de materiais, não façam uso de bebedouros em tanques, não façam o uso de banho compartilhado nem banho de mangueira”, explica o especialista.
Dados da Diretoria de Defesa e Inspeção Sanitária Animal (Disa/Idiarn), mostram que, até o mês de julho, 30 casos positivos de mormo em animais foram registrados em pelo menos nove municípios: São José de Mipibu; Pedro Velho; Extremoz; Ceará-Mirim; São Gonçalo do Amarante; Macaíba; São Paulo do Potengi; João Câmara; e Vera Cruz. Nos mês de junho, conforme a associação de laboratórios credenciados para realizar o exame no Brasil, a Rede-PNSE, cerca de 370 casos de mormo foram confirmados no país.
O que é?
O mormo é uma enfermidade infecciosa que afeta principalmente equídeos (cavalos, mulas, jumentos) e está na lista de doenças de notificação obrigatória da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). Isso porque, podendo ser assintomático, a taxa de mortalidade é alta e gera graves consequências para os rebanhos, justificando a preocupação das autoridades com qualquer ocorrência.
No início do mês passado, diante da notificação de novos casos, o Mapa publicou uma Portaria com novas diretrizes para a prevenção da doença. A nova norma alterou e revogou artigos da Instrução Normativa de 2018. “As alterações reduzem a ocorrência de falsos positivos no protocolo de diagnóstico dentro do contexto epidemiológico em que os testes são aplicados, sem que haja a ampliação do risco de disseminação para outros animais ou para os humanos”, ressaltou Fernando Ferreira, coordenador-geral de Prevenção e Vigilância em Saúde Animal.
Tribuna do Norte