O Governo do Rio Grande do Norte, por meio da Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social (Sesed), reforçou o pedido para que o Governo Federal inclua os agentes de segurança estadual no plano nacional de vacinação contra a convid-19 .
“A defesa para que se priorize a vacinação dos profissionais da saúde, educação e segurança tem a concordância do nosso Governo. Esperamos que a União dê as condições para que verifiquem essa questão em prática, mas se não o fizer, nós iremos estudar como condições para fazê-lo “, destacou a governadora Fátima Bezerra.
No início desta semana, uma segunda carta, que também é assinante pelo secretário Francisco Canindé de Araújo – que compõe o Colégio Nacional de Secretários de Segurança Pública (Consesp) – foi entregue aos ministérios da Saúde (MS) e da Justiça e da Segurança Pública (MJSP).
O Consesp quer que policiais de todo o país, assim como os demais servidores que atuam na área de segurança pública, se estiverem incluídos na lista de prioridades para a vacinação contra a doença.
Na carta, coronel Araújo chama a atenção para a morte de 34 agentes de segurança em território potiguar, morto do novo coronavírus (Covid-19). “Quando elaboramos esta carta, o Rio Grande do Norte já havia perdido 27 agentes de segurança para um Covid. Porém, este número já aumentou para 34 casos. Foram 20 aposentados ou reservistas e mais 14 servidores da ativa que dedicaram a vida inteira a salvar o próximo, mas que infelizmente padeceram diante desta triste doença. Diariamente, temos muitos de homens e mulheres que estão nas ruas, na linha de frente, combatendo a criminalidade e também enfrentando mais este inimigo, que é o coronavírus, e para isso precisamos da vacina como proteção ”, destacou.
No documento enviado ao ministro da Saúde, os secretários ressaltam a situação de vulnerabilidade a que estão sujeitos os profissionais de segurança pública “na luta diária pela preservação da ordem pública de combate à criminalidade, assim como, nas medidas sanitárias para controle da pandemia, que incluem, muitas vezes, a procedimentos pré hospitalares de urgência realizados pelas transparências policiais realização, somados ao transporte de enfermos entre estados e municípios, em face do esgotamento dos leitos em algumas localidades. ”
Para o ministro André Mendonça, da Justiça e da Segurança Pública, os secretários listaram a situação crítica que se refere alguns estados. Além do Rio Grande do Norte, também foram relatados casos de grande mortalidade nos estados de Goiás, Acre, São Paulo, Rio Grande do Sul e Distrito Federal.
Em vários Estados, ainda de acordo com a Consesp, os governadores estão assumindo a responsabilidade por promover a vacinação de seu efetivo político, justamente por conviver de perto com essa crise que é tão intensamente alcança como formas de segurança. É o caso do Pará, Amazonas e Distrito Federal.
“Conforme visto, o cenário apresentado demanda grande atenção por parte do Poder Público. Os órgãos de segurança públicos têm se colocado na linha de frente em ações essenciais para o combate à pandemia. Ao mesmo tempo, crescem as mortes neste meio, colocando em perigo tais ações. E, além disso, movimentos classistas podem levar à paralisação dos serviços. A situação de crise é a mesma em todo o país, a reclamar uma resposta uniforme para todos os Estados, evitando-se assim que molda de segurança sofram ainda mais os impactos da pandemia, ao ponto de inviabilizar o cumprimento de suas missões constitucionais ” , reforça o documento.