O Ministério da Saúde anunciou nesta segunda-feira (10) que o período de isolamento para pessoas recém recuperadas de Covid passa a ser menor, diminuindo de 10 para 5 dias para pessoas que estão sem sintomas respiratórios, sem febre há 24 horas (sem o uso de antitérmico) e que tenham resultado negativo para teste PCR ou de antígeno.
Veja como fica a nova recomendação do isolamento:
- Para pessoas que estão com Covid leve ou moderada, o isolamento é de, no mínimo, 7 dias, sem teste.
- No entanto, se ao 5º dia completo o paciente não tiver sintomas respiratórios e febre por um período de 24 horas, sem uso de antitérmico, ele pode fazer o teste (antígeno ou PCR). Se for negativo, ele pode sair do isolamento.
- Se ao 7º dia o paciente continuar com sintomas respiratórios ou febre, ele pode fazer o teste (PCR ou antígeno).
- aso dê negativo, pode sair do isolamento. Se der positivo, deve ficar resguardado até 10 dias e só sair quando não tiver mais sintomas.
- Após 10 dias, se tiver sem sintomas respiratórios, não é necessário testar.
O Ministério da Saúde reforça que o paciente que testou negativo para Covid e saiu do isolamento deve manter as recomendações até o 10º dia, como evitar aglomerações, evitar contato com pessoas com comorbidades, continuar usando máscara e outras medidas não farmacológicas.
Outros países
A medida segue os passos de outros países que já reduziram o tempo de isolamento.
Nos últimos dias de dezembro, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) atualizou suas diretrizes para casos confirmados de Covid em pacientes assintomáticos, bem como para aqueles cujos sintomas já tenham passado ou estejam desaparecendo. O tempo recomendado passou de 10 para 5 dias, seguido de uso constante de máscara por mais 5 dias quando o paciente estiver em contato com outras pessoas.
“Está sendo adotado em outros países, tem assento em evidências científicas. É possível que adotemos essa mesma conduta. 5 dias. Isso está em estudo na área técnica”, afirmou Queiroga a jornalistas na porta do Ministério da Saúde na semana passada, ao comentar que possivelmente adotaria a medida anunciada nesta segunda.
Queiroga lembrou que na França, por exemplo, o governo autorizou médicos infectados com Covid a seguirem atuando na linha de frente. Isso porque, entre outros motivos, a variante ômicron, predominante nos novos casos, tem mostrado sintomas mais leves.
“O CDC já deu essa recomendação [reduzir o isolamento]. O governo francês está inclusive autorizando profissionais de saúde que estão positivos a atender na linha de frente”, argumentou.